sábado, 6 de fevereiro de 2010

Fechado...

Porque será que nos últimos tempos me sinto como um ermita no que concerne a certo tipo de relações? Estou fechado em mim e não vejo perspectivas de haver mudanças nos próximos tempos... fecho "portas" ao mínimo sinal de "alarme". Sou frio quando na realidade sou tudo menos isso. Quero a minha paz, a minha sanidade e focar-me em objectivos mais estáveis, que apesar de serem importantes não mexem tanto comigo... não quero que um ponha em risco todos os outros, que um me deixe como estou... Fechado.

... mas as janelas continuam abertas... Algures onde apenas eu sei...

6 comentários:

Zlati disse...

Percebo-te na perfeição, porque eu tinha o mesmo plano altamente estruturado que parecia ter tudo delineado e previsto. Tudo, menos uma coisa. Quando menos esperares alguém vai virar o teu mundo ao contrário e não vais conseguir fazer mesmo nada. E olha que até pode ser uma daquelas "pessoas impossíveis" com as que nunca ficamos no fim, mas mesmo assim por vezes não mandamos naquilo que sentimos. Espera por esse momento e aí sentirás na pele a inutilidade dos planos. beijos

Algures disse...

Mona Lisa,
Muitas vezes a racionalidade do nosso pensamento perde-se na irracionalidade do nosso sentimento...
Essas "pessoas impossíveis" que falas surgem muitas vezes na nossa vida, e nós damos espaço para que elas entrem... abrimos portas e janelas... Mostramos-lhes o nosso mundo, o nosso sentir, o nosso ver, o nosso ser... Contra isso, de nada servem os planos, pois quando se trata de sentir, fazêmo-lo involuntariamente e só mais tarde pensamos no que dali pode vir...
Cada vez mais, quero esperar menos de uma pessoa... pois dessa forma posso apreciar e saborear o menos que ela me der...
Beijos :-)

Anónimo disse...

Concordo totalmente com a Mona Lisa! Esse plano só resulta até que ...

Cemremos

Algures disse...

Ambos concordamos... o nosso coração é como um vulcão "adormecido"... Está em estado latente até que algo o faça "despertar" e "explodir"...

Sofia disse...

O que tu chamas de ermita eu chamo de luto, de pausa para kit kat. Não te preocupes que esse sentimento entra em silêncio, sem aviso prévio e quando deres pela presença dele já está entranhado em ti sem retorno.

Aproveita esta fase, a próxima, e as que se seguirem... Aproveita tudo! :)

Algures disse...

Sofia...

Sim, é um luto. Consentido mas é um luto. Não diria pausa para kit kat porque essas supostamente são agradáveis e doces, e não é o caso... O sentimento é assim mesmo, entra sem "bater à porta" com pezinhos de lã. Ninguém dá por ele e quando nos apercebemos, tarde de mais. Estamos tão embuídos nesse sentimento que ele se apodera dos nossos sinais vitais, faz-nos pensar de uma forma... sentir de outra... Faz-nos ver ao mesmo tempo que nos deixa cegos e entregues a esses sentidos tão traiçoeiros. A verdade é que agora estou remetido à minha concha, isolado no meu canto, tentando por momentos estar imune ao que me modifica os sentidos. Ao que me faz vibrar e sonhar. Ao que me faz palpitar o coração...
Carpe Diem. "Aproveita tudo!"... Faço minhas as tuas palavras e com um sorriso na cara partilho-as contigo... Aproveito o momento. Saboreio-o. Chama-se a isso viver... :-)
Beijinho...