sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Livro que se lê na praia...

"Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.

Miguel Sousa Tavares In "No teu deserto"

PS: não concordo inteiramente...

7 comentários:

Anónimo disse...

Ai está uma pessoa que não consigo ler... tenho vários amigos que já me disseram que assim que ler o primeiro dele vou querer ler os outros, mas visualizo a pessoa e não consigo...

No entanto nesta frase e sem saber em que contexto ela está, posso dizer que discordo,(algo que não me espanta...tendenciosamente não gostarmos do que se faz por quem nós não gostamos) e posso afirma-lo que uma pessoa pode sempre falar o que quiser, que lá bem no fundo, temos sempre algo que podemos sempre guardar,e até nem sempre usa-lo na escrita.

Para mim a escrita é uma forma de expressão, a par da fala, mas nem tudo o que digo escrevo, bem como nem tudo o que escrevo digo...mas em ambos sinto.

;)

Beijo

ps-desculpa lá este testamento no comentário...

Maria disse...

Não concordo...o que falamos e o que escrevemos não provém da mesma fonte...uma coisa não esgota a outra pode porém enriquecê-la!!!
Bjs
Maria

Algures disse...

Freyja,

Sabes, disse o mesmo a quem me emprestou o livro. Não sou apreciador do Miguel Sousa Tavares enquanto comentador (não que não lhe reconheça algumas coisas, mas de uma forma geral, não...) e, não me fazia sentido estar a lê-lo. Após alguma insistência e argumentos, lá mostrei abertura e lá pensei: why not?!
Pois bem, os argumentos pelos quais não concordo são os que invocaste (assim como a Maria), mas, também sei por experiência própria que, muitas vezes quando verbalizamos o que pensamos, acabamos por não o escrever e, é nesse sentido, pelo qual até aceito (parcialmente) a frase. Li-a e pensei, esta vai espicaçar... e aconteceu!

Beijo*

PS: Não tens de pedir desculpa, pelo contrário, eu é que tenho a agradecer! :-)

Algures disse...

Maria, olá!

Concordo inteiramente. Uma coisa não invalida a outra e vice-versa. Eu por exemplo, muitas vezes escrevo sobre coisas que raramente verbalizo, outras, que completam o que penso. Outras há, que por mais que falemos nelas, não conseguimos concretizar em concreto o que pretendemos. Eu não guardo as palavras para as escrever e, proferi-las, não invalida deixar de as escrever.

Beijinhos :-)

Algures disse...

Maria, olá!

Concordo inteiramente. Uma coisa não invalida a outra e vice-versa. Eu por exemplo, muitas vezes escrevo sobre coisas que raramente verbalizo, outras, que completam o que penso. Outras há, que por mais que falemos nelas, não conseguimos concretizar em concreto o que pretendemos. Eu não guardo as palavras para as escrever e, proferi-las, não invalida deixar de as escrever.

Beijinhos :-)

Anónimo disse...

Claro que sabias que iria espicaçar...é uma frase forte que acaba por contradizer o que nós fazemos por estas bandas.

Mas isso tu já sabes bem...

;)

Beijo e bom domingo !

Algures disse...

Freyja, contradiz e muito. Obviamente que muito do que se passa na nossa vida muitas vezes fica por escrever, mas não é necessariamente pelos motivos apontados.
Sei bem sim, assim como os restantes, tu incluída! :-)

Beijo e bom Domingo!