Fim de dia atípico, relativamente a um passado recente. Dei por mim a evitar os telefonemas habituais da minha viagem de regresso a casa. As minhas habituais "companhias" que me acompanham no "passeio" pela Marginal, sempre com o mar ali ao lado, o meu outro companheiro de viagem, este sempre o mesmo, umas vezes calmo, outras revolto. Umas vezes brilhante, outras baço. Estranho e (desta vez) sozinho, penso como em tantas outras viagens, nisto, naquilo. Vida, amor, amizade, trabalho e até, pasmem-se, no estudo. Penso que não há razão para estar assim, até porque, pouco tempo antes, soube algo que em condições normais serviria para afastar estes pensamentos. Mas não, hoje era daqueles dias em que só algo muito forte me permitiria regressar do "dark side of the force", ainda que não estivesse na fossa, não estava bem. Os revezes da vida que nos fazem dar dois passos atrás quando queremos avançar, um que seja, reavivam faltas de confiança que nem os amuletos afastam.
Não há razão para estar assim, repito...
A ponte é uma passagem para a outra margem e estou de volta. Penso... Penso que é hoje que arrumo a casa, começo aqui, acabo ali. Mas não, dou por mim a ler "velhos" mails que me enviaram outrora e até, pedaços de um blogue de medos e esperanças no qual, por momentos, fui personagem principal, especial. Especial nos mails, especial nos posts... ainda que não tenha sido convidado para esse "filme", acabamos por ficar envolvidos...
Quando queremos (e até quando não queremos), somos especiais, somos confiantes, somos e demonstramos o que queremos ser. Assim, como em tudo na vida, o que nos define não é a forma como caímos, mas a maneira como nos levantamos. Regressamos ao lado bom da "força", à rebelião desta luta que se chama vida e, apesar de acordarmos novamente com o "dark side" a chamar por nós, ergo o Jedi que há em mim, puxo do sabre de luz e enfrento este novo dia. Afinal, esta luz serve para isso. Para nos iluminar e encaminhar ao nosso Eu... aquele por quem vale a pena lutar.
