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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

No meu quarto...

A noite chegou e estou na imensidão do meu quarto, onde o tempo fica parado (assim diziam os Depeche Mode e com razão...) e onde penso na vida, leia-se, na minha vida.
Um dos pensamentos que me assola a cabeça neste momento é pensar que amanhã poderei acordar de mau humor. Não que aconteça com frequência, antes pelo contrário, mas aconteceu na 6.ª feira passada. E quando estou assim, não ando a massacrar as pessoas com o meu "feitiozinho da merda", como um antigo chefe costumava dirigir-se a mim quando a sua capacidade de persuasão não funcionava. Quem me quer persuadir, tem de o fazer com muita suavidade, porque se assim não for, está o "caldo entornado"...
Quando estou nestes dias, sou um pouco como um animal... Estou no meu cantinho, bem sossegado, a querer que não me descubram, mas com um potencial acumulado de "meios de defesa". Estão a ver as cobras? Estão a ver os cães com um osso à frente? Pois é mais ou menos isso... é um "deixem-me", "deixem-me que amanhã é outro dia" e não há nada que façam que vá alterar isso. Dificilmente algo o fará...
Voltando ao meu quarto, estou a pensar... Penso nos dias que passaram. Penso nos dias que aí vêm. Penso em todo o esforço que tenho feito e, se tal valerá a pena. Quer dizer, penso que sim. Racionalmente penso que sim, a questão mesmo, é a que preço. Tenho abdicado da minha vida pessoal em prol da minha vida profissional e da minha vida académica, e, se essas ainda se vão conciliando, a minha vida pessoal nas suas vertentes social e amorosa está um caos. A verdade é que conheço muita gente, mas como já o disse uma vez no facebook "muitos me conhecem, mas poucos sabem quem sou", e como não gosto de impor a minha presença, nem prescindo da qualidade em prol da quantidade, prefiro estar sozinho do que estar com quem não quero... Sou assim e como diz o ditado "burro velho não aprende línguas", pelo que escusam de insistir, pois não me parece que mude, a não ser que algo muito forte me consiga fazer mudar. E sendo assim, e uma vez que as pessoas têm as suas vidas, há determinados momentos da nossa vida em que acabamos por os viver de uma forma que não gostaríamos. Tal faz-nos pôr em causa certas opções, certos caminhos que traçamos e ao mesmo tempo, dá-nos força para avançarmos em certas direcções desconhecidas, bem longe deste quarto, bem longe desta casa, desaparecendo de quem não me procura, desaparecendo de quem me magoa e procurando viver sem (que me perguntem) porquês, mas caminhando em frente, sendo que nos próximos dias, mais uma vez irei pôr em causa a minha resistência... mas isto são "apenas" algumas noites "escuras" passadas no meu quarto e amanhã, será um novo dia, que com a sua luz, dará vida ao meu quarto e porque não dizê-lo, a mim próprio... .
No meu quarto "morro", no meu quarto nasço...