quinta-feira, 6 de março de 2014

Tu já me arrumaste no armário dos restos...

Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?


Isabel Meyrelles

1 comentário:

Maria disse...

Magnífico texto!!!
Bjs
Maria