segunda-feira, 1 de abril de 2013

Viveste em mim... Capítulo I (ainda...)

Este é provavelmente um dos meus melhores textos e, com um significado muito especial para mim. Marcou um ponto de viragem na minha vida, algures num intervalo e numa necessidade de mudança, aconteceu. Escrevi-o a 30 de Março de 2010, curiosamente, há cerca de 3 anos atrás. Pois bem, preciso novamente de uma mudança na minha vida e, se aquilo porque tenho lutado, persiste em não ocorrer, em fazer-me sofrer e a consumir-me, talvez tenha de direccionar as minhas energias para outro caminho, permitir que aquilo que voluntariamente afasto, se aproxime. Mereço, embora continue Algures onde apenas eu sei... e tu, provavelmente também saberás que continue por aí.

Posso dizer que viveste em mim o tempo suficiente para saber que não és, nem serás. Esse tempo que me fez sorrir, deu-me alguns prenúncios do que iria suceder mas eu andava demasiado iludido, esta cabeça fazia planos e conjugava os verbos no plural quando deveriam ser conjugados na primeira pessoa. Uma conversa num dia proibido fez do dia noite, mas deixou a promessa que a noite iria ser dia. Curiosamente nesse dia construiu-se uma primeira vitória, daquelas que nos faz continuar em busca da próxima, e da próxima, e das próximas... daquelas que definem um vencedor. É assim que me sinto. Já uma vez aqui disse que o que não nos mata torna-nos mais fortes. As coisas não mudaram, até que, quando menos se esperava... Os beijos, as carícias, as cumplicidades, o olhar nos olhos e o tempo que abundavam, deram lugar à indiferença e à "distância"... Aprendi a viver com isso, como com tudo na vida. Vou aprendendo. Umas vezes mais rapidamente, outras mais lentamente, mas aprendo. A vida ensina-nos... Mesmo aquilo que nos parece impossível de aprender. Sim, aprendi a viver com a "ausência" do meu pai, embora nem sempre pareça que sou sucedido, apesar do grande vazio que sinto. A partir daí, tudo o resto é "peanuts"! E assim foi, aprendi a viver com isso. Foi assim que aprendi a viver sem ti... Não sei se essa aprendizagem mexeu contigo, não sei se apenas sentiste a falta daquilo que esteve na tua mão, francamente, não sei... Só que, a vida é assim, feita de altos e baixos, umas vezes estamos por cima, outras estamos por baixo... Com a idade e com a vivência controlamos as nossas euforias e limitamos as nossas descrenças e derrotas, para que nunca subamos demasiado nem desçamos muito... mas este é o meu ponto de vista, vale o que vale. Outrora, numa situação semelhante, iria a "correr" como se não existisse mais ninguém. Hoje? Hoje sei o meu valor, sei que na vida todos ganhamos, todos perdemos. A minha derrota de então, tornou-se na minha vitória de hoje e, mesmo que não haja uma inversão de papeis, desconheço e nem quero saber, hoje estou por cima, estou bem, estou a sorrir... e isso tem contribuído para o meu bem-estar, e de que maneira. O amanhã não sei, na realidade, quando estamos bem isso é o menos importante... Carpe Diem!
Não és o futuro e fazes parte do passado. Isto quando continuas presente...
Deixaste-me sem nada para perder e com muito para ganhar... Mas isso são outras histórias...

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