Hoje que os valores de Abril devem estar mais presentes que nunca...
Este pretende ser o meu pequeno cantinho, fica entre o meu coração e a minha cabeça ou, algures onde apenas eu sei...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
O elogio do amor puro
"O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
(...)
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira."
Miguel Esteves Cardoso
(...)
A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.
Só um mundo de amor pode durar a vida inteira."
Miguel Esteves Cardoso
Djavan - Cigano
O que me vai na alma...
Djavan - Cigano
Te querer
Viver mais pra ser exato
Te seguir
E poder chegar
Onde tudo é só meu
Te encontrar
Dar a cara pro teu beijo
Correr atrás de ti
Feito cigano, cigano, cigano
Me jogar sem medir
Viajar
Entre pernas e delícias
Conhecer pra notícias dar
Devassar sua vida
Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
Momento, momento, momento
Pra ficar e ficar
Juntos, dentro, horas
Tudo ali às claras
Deixar crescer
Até romper
A manhã
Como o mar está sereno
Olha lá
As gaivotas já
Vão deixar suas ilhas
Veja o sol
É demais essa cidade!
A gente vai ter
Um dia de calor...
Djavan - Cigano
Te querer
Viver mais pra ser exato
Te seguir
E poder chegar
Onde tudo é só meu
Te encontrar
Dar a cara pro teu beijo
Correr atrás de ti
Feito cigano, cigano, cigano
Me jogar sem medir
Viajar
Entre pernas e delícias
Conhecer pra notícias dar
Devassar sua vida
Resistir
Ao que pode o pensamento
Saber chegar no seu melhor
Momento, momento, momento
Pra ficar e ficar
Juntos, dentro, horas
Tudo ali às claras
Deixar crescer
Até romper
A manhã
Como o mar está sereno
Olha lá
As gaivotas já
Vão deixar suas ilhas
Veja o sol
É demais essa cidade!
A gente vai ter
Um dia de calor...
domingo, 21 de abril de 2013
CARREGA BENFICA!
Vá lá que nem tudo são "derrotas" e o Benfica ainda me vai dando umas alegrias...
BENFICA 2 - 0 Sporting
Grande obra de arte do Nico Gaitan e golo do Lima!
CARREGA BENFICA!
Sporting
BENFICA 2 - 0 Sporting
Grande obra de arte do Nico Gaitan e golo do Lima!
CARREGA BENFICA!
Sporting
É só isto...
Já era hora de confiar mais vezes no meu instinto e na minha experiência de vida. É porque se digo que é assim, é porque é assim mesmo...
quinta-feira, 18 de abril de 2013
A verdade...
A verdade é esta - Não podemos "obrigar" alguém a gostar de nós. Gosta-se naturalmente e pouco podemos fazer para mudar o sentimento de alguém por nós... digo eu, que cada vez mais, a este nível parece que percebo cada vez menos...
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Nada é para sempre...
"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja.
Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente para me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas histórias caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante - e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre."
Enorme...
SPORT LISBOA E BENFICA! Venham de lá os próximos para a meia final da Liga Europa!
CARREGA BENFICA!
domingo, 7 de abril de 2013
The XX - Chained
The XX - Chained
I watched you breathe in
And I wish you'd stop
Only for long enough
Long enough
It is hard to saySeparate or combine
I ask you one last time
Did I hold you too tight?
Did I not let enough light in?
Ooh, ooh, ooh, ooh
If a feeling appears
If you mind should sway
It's not a secret you should keep
I won't let you slip away
We used to be closer than this
We used to be closer than this
We used to get closer than this
Is it something you miss?
We used to be closer than this
We used to be closer than this
We used to get closer than this
Is it something you miss?
Winged or chained
I ask you
Would you have stayed?
Did I hold you too tight?
Did I not let enough light in?
Ooh, ooh, ooh, ooh
(Versão ao vivo e acústica)
quinta-feira, 4 de abril de 2013
E é isto...
A sinceridade é um pau de dois bicos...
...ainda assim, recuso-me a aceitar (e face aos factos é difícil...) que este não é o caminho correcto. Não quero ser aquilo que eu não sou.
...ainda assim, recuso-me a aceitar (e face aos factos é difícil...) que este não é o caminho correcto. Não quero ser aquilo que eu não sou.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
(Um) Silêncio
"Um silêncio lento. Assassino. Não sei se difícil se inconsciente. Um silêncio de mãos finas, frias, estrangulando, aos poucos. Esvaziando o ar. Um silêncio, outrora perceptível, mas que ultrapassou o prazo. A razoabilidade. Levantando dúvidas onde nunca existiram. Um silêncio branco que faz esquecer o que se gostou. O que se sentiu próximo. Questionando o antigamente tão certo. Tão cúmplice. Um silêncio indiferente. Não sei se áspero se desprovido de textura. De aromas. Um silêncio autista. Frio. Cómodo ou apaziguador, talvez. Não o sei. Um silêncio egoísta. Que corrói, alastrando como uma ferrugem metálica. Indiferente. Pela negação de uma simples conversa. Única que fosse. Pela falta de interesse. Um silêncio que não permite um telefonema sobre uma qualquer coisa banal. Um silêncio que não condiz com a imagem e por isso custa mais. Um silêncio que quebrei demasiadas vezes, sem resposta, para o tentar sacudir. Para o tentar salvar. Um silêncio que me faz também partir, cansado. Em silêncio também. Certo de tudo ter feito. Triste, ainda assim. Um silêncio de despedida. De adeus, essa palavra que pouco consumo. Que detesto. Tudo isso habita nesse silêncio. Tudo isso lhe preenche as frestas feridas. Tudo isso mora no teu silêncio."
Autor Anónimo
Estranho como certos textos se encaixam perfeitamente com a nossa vida e o nosso estado de espírito. Coincidências? Talvez sim, talvez não...
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Podia dizer 1001 coisas...
...contudo, nenhuma delas conseguiria transmitir o vazio da ausência e o turbilhão de pensamentos que pairam algures na minha cabeça ou simplesmente, Algures onde apenas eu sei...
É isso aí...
É isso aí...
O beijo e o silêncio...
"Num único beijo saberás tudo aquilo que tenho calado..."
Pablo Neruda
Pablo Neruda
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Amor,
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Silêncios
Viveste em mim... Capítulo I (ainda...)
Este é provavelmente um dos meus melhores textos e, com um significado muito especial para mim. Marcou um ponto de viragem na minha vida, algures num intervalo e numa necessidade de mudança, aconteceu. Escrevi-o a 30 de Março de 2010, curiosamente, há cerca de 3 anos atrás. Pois bem, preciso novamente de uma mudança na minha vida e, se aquilo porque tenho lutado, persiste em não ocorrer, em fazer-me sofrer e a consumir-me, talvez tenha de direccionar as minhas energias para outro caminho, permitir que aquilo que voluntariamente afasto, se aproxime. Mereço, embora continue Algures onde apenas eu sei... e tu, provavelmente também saberás que continue por aí.
Posso dizer que viveste em mim o tempo suficiente para saber que não és, nem serás. Esse tempo que me fez sorrir, deu-me alguns prenúncios do que iria suceder mas eu andava demasiado iludido, esta cabeça fazia planos e conjugava os verbos no plural quando deveriam ser conjugados na primeira pessoa. Uma conversa num dia proibido fez do dia noite, mas deixou a promessa que a noite iria ser dia. Curiosamente nesse dia construiu-se uma primeira vitória, daquelas que nos faz continuar em busca da próxima, e da próxima, e das próximas... daquelas que definem um vencedor. É assim que me sinto. Já uma vez aqui disse que o que não nos mata torna-nos mais fortes. As coisas não mudaram, até que, quando menos se esperava... Os beijos, as carícias, as cumplicidades, o olhar nos olhos e o tempo que abundavam, deram lugar à indiferença e à "distância"... Aprendi a viver com isso, como com tudo na vida. Vou aprendendo. Umas vezes mais rapidamente, outras mais lentamente, mas aprendo. A vida ensina-nos... Mesmo aquilo que nos parece impossível de aprender. Sim, aprendi a viver com a "ausência" do meu pai, embora nem sempre pareça que sou sucedido, apesar do grande vazio que sinto. A partir daí, tudo o resto é "peanuts"! E assim foi, aprendi a viver com isso. Foi assim que aprendi a viver sem ti... Não sei se essa aprendizagem mexeu contigo, não sei se apenas sentiste a falta daquilo que esteve na tua mão, francamente, não sei... Só que, a vida é assim, feita de altos e baixos, umas vezes estamos por cima, outras estamos por baixo... Com a idade e com a vivência controlamos as nossas euforias e limitamos as nossas descrenças e derrotas, para que nunca subamos demasiado nem desçamos muito... mas este é o meu ponto de vista, vale o que vale. Outrora, numa situação semelhante, iria a "correr" como se não existisse mais ninguém. Hoje? Hoje sei o meu valor, sei que na vida todos ganhamos, todos perdemos. A minha derrota de então, tornou-se na minha vitória de hoje e, mesmo que não haja uma inversão de papeis, desconheço e nem quero saber, hoje estou por cima, estou bem, estou a sorrir... e isso tem contribuído para o meu bem-estar, e de que maneira. O amanhã não sei, na realidade, quando estamos bem isso é o menos importante... Carpe Diem!
Não és o futuro e fazes parte do passado. Isto quando continuas presente...
Deixaste-me sem nada para perder e com muito para ganhar... Mas isso são outras histórias...
AMORES DECLARADOS - Excerto - Miguel Esteves Cardoso
Fazer um registo de propriedade é chato e difícil mas fazer uma declaração de amor ainda é pior. Ninguém sabe como. Não há minuta. Não há sequer um despachante ao qual o premente assunto se possa entregar. As declarações de amor têm de ser feitas pelo próprio.
A experiência não serve de nada – por muitas declarações que já se tenham feito, cada uma é completamente diferente das anteriores. No amor, aliás, a experiência só demonstra uma coisa: que não tem nada que estar a demonstrar coisíssima nenhuma. É verdade –começa-se sempre do zero. Cada vez que uma pessoa se apaixona, regressa à suprema inocência, inépcia e barbárie da puberdade. Sobem-nos as bainhas das calças nas pernas e quando damos por nós estamos de calções. A experiência não serve de nada na luta contra o fogo do amor. Imaginem-se duas pessoas apanhadas no meio de um incêndio, sem poderem fugir, e veja-se o sentido que faria uma delas virar-se para a outra e dizer: "Ouve lá, tu que tens experiência de queimaduras de primeiro grau...".
"Pode ter-se sessenta anos. Mas no dia em que o peito sacode com as aurículas a brincar aos carrinhos-de-choque com os ventrículos, Deus Nosso Senhor carrega no grande botão "CLEAR"que mandou pôr na consola consoladora dos nossos corações. Esquece-se tudo. Que garfousar com o peixe. Que flores comprar. Que palavras dizer. Que gravata com que raio de casaco hei-de usar? Sabe-se nada. Nicles. Olha-se para as mãos e parece uma cena de transformação dum filme de lobisomens – de onde outrora havia aqueles dedos tão ágeis e pianistas, brotam dez abortos de polegares. E o vinho entorna-se só de pensar nisso. E as solas dos sapatos passam a atrair magneticamente todos os excrementos caninos da cidade. E a voz que era toda FM Estéreo da Comercial quando vai para dizer "Gosto muito de ti" fica repentinamente Abelha Maia.
Tenha-se 17 ou 71 anos, regressa-se automaticamente aos 13 – à terrível idade do Clearasil e das sensações como que de absorção. Quem se apaixona dá mesmo saltos no ar e diz "Uau!" quando o Pai deixa usar a pasta de dentes dele. Qual "ternura dos quarenta", qual bota da tropa cheia de minhocas! O amor é sempre uma anormalidade que provoca graves atrasos mentais. (…)Dir-se-á que esta insegurança é irritante. Se calhar é diferente nos homens e nas mulheres. Um homem pode ser amado por cem mulheres bonitas e no dia em que uma feia lhe vira a cara desaba-se-lhe a confiança. Acha que as outras cem é que estavam enganadas e que só esta percebeu finalmente que ele não prestava para absolutamente nada. A uma mulher, em contrapartida, basta ser amada uma única vez para achar que os cem homens que a rejeitam são simplesmente parvos que não sabem o que perdem.(…)Na verdade, não há amor sem insegurança. Quem tem a certeza de ter quem quer, ou não tem, ou não quer grande coisa. A "segurança" é mais para desodorizantes do que para paixões.
"E se alguém vier para lhe oferecer flores e se estampar no chão à sua frente fracturando a cana do nariz e espirrando sangue para cima do seu vestido de seda branca... você sabe que é Impulse.".
A experiência não serve de nada – por muitas declarações que já se tenham feito, cada uma é completamente diferente das anteriores. No amor, aliás, a experiência só demonstra uma coisa: que não tem nada que estar a demonstrar coisíssima nenhuma. É verdade –começa-se sempre do zero. Cada vez que uma pessoa se apaixona, regressa à suprema inocência, inépcia e barbárie da puberdade. Sobem-nos as bainhas das calças nas pernas e quando damos por nós estamos de calções. A experiência não serve de nada na luta contra o fogo do amor. Imaginem-se duas pessoas apanhadas no meio de um incêndio, sem poderem fugir, e veja-se o sentido que faria uma delas virar-se para a outra e dizer: "Ouve lá, tu que tens experiência de queimaduras de primeiro grau...".
"Pode ter-se sessenta anos. Mas no dia em que o peito sacode com as aurículas a brincar aos carrinhos-de-choque com os ventrículos, Deus Nosso Senhor carrega no grande botão "CLEAR"que mandou pôr na consola consoladora dos nossos corações. Esquece-se tudo. Que garfousar com o peixe. Que flores comprar. Que palavras dizer. Que gravata com que raio de casaco hei-de usar? Sabe-se nada. Nicles. Olha-se para as mãos e parece uma cena de transformação dum filme de lobisomens – de onde outrora havia aqueles dedos tão ágeis e pianistas, brotam dez abortos de polegares. E o vinho entorna-se só de pensar nisso. E as solas dos sapatos passam a atrair magneticamente todos os excrementos caninos da cidade. E a voz que era toda FM Estéreo da Comercial quando vai para dizer "Gosto muito de ti" fica repentinamente Abelha Maia.
Tenha-se 17 ou 71 anos, regressa-se automaticamente aos 13 – à terrível idade do Clearasil e das sensações como que de absorção. Quem se apaixona dá mesmo saltos no ar e diz "Uau!" quando o Pai deixa usar a pasta de dentes dele. Qual "ternura dos quarenta", qual bota da tropa cheia de minhocas! O amor é sempre uma anormalidade que provoca graves atrasos mentais. (…)Dir-se-á que esta insegurança é irritante. Se calhar é diferente nos homens e nas mulheres. Um homem pode ser amado por cem mulheres bonitas e no dia em que uma feia lhe vira a cara desaba-se-lhe a confiança. Acha que as outras cem é que estavam enganadas e que só esta percebeu finalmente que ele não prestava para absolutamente nada. A uma mulher, em contrapartida, basta ser amada uma única vez para achar que os cem homens que a rejeitam são simplesmente parvos que não sabem o que perdem.(…)Na verdade, não há amor sem insegurança. Quem tem a certeza de ter quem quer, ou não tem, ou não quer grande coisa. A "segurança" é mais para desodorizantes do que para paixões.
"E se alguém vier para lhe oferecer flores e se estampar no chão à sua frente fracturando a cana do nariz e espirrando sangue para cima do seu vestido de seda branca... você sabe que é Impulse.".
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